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Unesco declara mais 24 lugares como Patrimônios da Humanidade – um deles no Brasil!

Mais 24 locais extraordinários ao redor do mundo foram recentemente designados como Patrimônios da Humanidade pela Unesco. Essa lista, que é atualizada anualmente, destaca áreas de imenso valor natural e/ou cultural, com o objetivo de garantir sua preservação. Neste post, você pode conhecer os mais recentes integrantes dessa prestigiada seleção!

A nova lista inclui 19 locais culturais, quatro naturais e um classificado como misto. Entre os destaques está o impressionante Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o único destino brasileiro a receber o título este ano.

Com essas adições, o Patrimônio Mundial da Unesco agora abrange 1.223 propriedades, divididas em 952 culturais, 231 naturais e 40 mistas.

Os 24 lugares declarados Patrimônios da Humanidade em 2024

  • Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (Brasil)

Foto: Marcos Issa/Argosfoto

Situado na região nordeste do Brasil, na costa leste do Maranhão, o parque está em uma área de transição entre três biomas brasileiros: Cerrado, Caatinga e Amazônia.

Mais de metade do parque é composta por um campo de dunas costeiras brancas, com lagoas temporárias e permanentes. Além de desempenhar um papel crucial na conservação da biodiversidade, o parque possui valores estéticos e geológicos/geomorfológicos de relevância global..

  • Eixo Central de Pequim (China)

eixo central de pequim

Foto: Jin Dongjun/Gabinete do Patrimônio Cultural Municipal de Pequim/Unesco/ Divulgação

O Eixo Central de Pequim surgiu na Dinastia Yuan (1271-1368). Com palácios e jardins imperiais que se estendem do norte ao sul no coração da cidade, esse percurso reflete a evolução de Pequim, preservando evidências das dinastias imperiais e das tradições de planejamento urbano da China.

  • Conjunto Monumental Brâncusi de Târgu Jiu (Romênia)

Foto: Camil Iamandescu/ Unesco/ Divulgação

O conjunto Brâncusi, criado entre 1937 e 1938 pelo pioneiro da escultura abstrata Constantin Brâncuși, homenageia os heróis que defenderam a cidade de Târgu Jiu na Primeira Guerra Mundial. Localizada em dois parques interligados por uma avenida, a obra oferece uma “visão original da condição humana.”

  • Paisagem cultural do lago Kenozero (Rússia)

Foto: Dmitriy Arkhipov / Federal State Establishment / Unesco/ Divulgação

Uma paisagem cultural singular, situada no Parque Nacional Kenozero, ilustra a evolução da região desde o século 12, acompanhando a lenta colonização eslava. Naquele período, as aldeias rurais eram marcadas pela presença de igrejas de madeira com telhados pontiagudos.

  • Fronteiras do Império Romano – Dácia (Romênia)

Foto: Judith Herrmann / Unesco / Divulgação

Essa fronteira terrestre foi a mais extensa e complexa de uma antiga província romana, marcada por fortalezas, torres e outros edifícios que, em parte, ainda permanecem como vestígios. No século II d.C., a linha de fronteira do Império Romano se estendia por mais de 5.000 km.

  • Hegmataneh (Irã)

Foto: Einollah Khazaei/ Arquivo Base HHCH/ Unesco/ Divulgação

O sítio arqueológico da antiga Hegmataneh, situado no noroeste do Irã, foi habitado de forma contínua por quase três milênios. Hegmataneh oferece evidências importantes e raras da civilização dos medos nos séculos VII e VI a.C.

  • Sítios do legado de Nelson Mandela (África do Sul)

Foto:Dr Edward Matenga / Unesco / Divulgação

Os 14 locais distribuídos pelo país simbolizam o legado da luta sul-africana por direitos humanos, liberdade e reconciliação. Cada um desses lugares está ligado à história política da África do Sul no século 20.

  • Melka Kunture e Balchit (Etiópia)

Foto: Margherita Mussi /Archives of the ltalo-Spanish Archaeological Mission at Melka Kunture

Situado no Vale do Alto Awash, na Etiópia, o local escolhido é um conjunto de sítios pré-históricos que guarda importantes registros arqueológicos e paleontológicos, como pegadas, que atestam a presença de grupos hominídeos na região há dois milhões de anos.

  • Moidams (Índia)

Foto: Directorate of Archaeology/ Government of Assam

Localizada nas Cordilheiras Patkai, a leste de Assam, a região abriga um sistema de enterramento em montes funerários da dinastia Ahom. O local possui noventa moidams — abóbadas ocas feitas de tijolo, pedra ou terra — que variam em tamanho. Essas estruturas contêm os restos mortais de reis e membros da realeza, além de bens funerários como comida, cavalos e elefantes.

Foto: Author: The Fine Arts Department / Unesco/ Divulgação

O Parque Histórico de Phu Phrabat abriga a maior coleção do mundo de pedras Sīma do período Dvaravati (séculos 7 a 11 d.C.). A introdução do budismo no século 7 estimulou a construção de pedras Sīma na região durante mais de quatro séculos.

À medida que os abrigos rochosos foram modificados, a paisagem natural se transformou em um centro religioso. As pinturas rupestres encontradas em 47 desses abrigos são testemunhas da ocupação humana ao longo de dois milênios.

  • Corte Real de Tiébélé (Burkina Faso)

Foto: Adama Badini/ DGCA/ MCCAT

As cabanas adornadas refletem a organização social e os valores culturais do povo Kasena desde o século 16. Construídas pelos homens da Corte Real, as decorações das cabanas possuem um significado simbólico, sendo preservadas e transmitidas pelas mulheres, as únicas detentoras desse conhecimento, que garantem a continuidade dessa tradição.

  • Minas de Ouro da Ilha do Sado (Japão)

Foto: Sado City

A Ilha Sado, de origem vulcânica, está situada a aproximadamente 35 km a oeste da costa da Prefeitura de Niigata e ilustra diversos métodos de mineração tradicionais, não mecanizados.

  • Mosteiro de Santo Hilarion (Palestina)

Um dos primeiros mosteiros do Oriente Médio está situado nas dunas costeiras do município de Nuseirat. As ruínas do Mosteiro de São Hilarion/Tell Umm Amer, datadas do século IV, foram o lar da primeira comunidade monástica da Terra Santa e desempenharam um papel crucial na disseminação das práticas monásticas na região.

Localizado estrategicamente no cruzamento das principais rotas comerciais e de comunicação entre a Ásia e a África, o mosteiro facilitou seu papel como um centro de intercâmbio religioso, cultural e econômico, apoiando outros centros monásticos do deserto durante o período bizantino.

  • Conjunto Residencial de Schwerin (Alemanha)

Foto: Timm Allrich/ Unesco/ Divulgação

A propriedade do século XIX, localizada no nordeste da Alemanha, inclui 38 edifícios, entre eles o Palácio da Residência do Grão-Duque de Mecklemburgo-Schwerin, mansões, edifícios culturais e religiosos, além do lago ornamental Pfaffenteich.

Esse conjunto arquitetônico excepcional reflete o espírito historicista da época, abrangendo estilos que vão do neorrenascimento ao neobarroco e neoclássico, com influências do Renascimento italiano.

  • Patrimônio Arqueológico do Complexo de Grutas do Parque Nacional de Niah (Malásia)

Foto: Tourism Planning Research Group/ Unesco/ Divulgação

Este complexo de cavernas interconectadas, situado próximo à costa oeste da Ilha de Bornéu, no coração do Parque Nacional de Niah, abriga uma série de pinturas rupestres pré-históricas. O local revela evidências de interação humana que se estendem por pelo menos 50.000 anos.

Os depósitos arqueológicos ricos, as pinturas rupestres e os sepultamentos em forma de barco encontrados oferecem uma visão detalhada da vida nesse período, contribuindo significativamente para o entendimento do desenvolvimento humano, adaptação e migração no sudeste da Ásia e em um contexto global.

  • Al-Faw (Arábia Saudita)

Foto: Elise Garcia/ Unesco/ Divulgação

Localizada em um ponto estratégico das antigas rotas comerciais da Península Arábica, a área foi abruptamente abandonada por volta do século 5 d.C. Foram encontrados cerca de 12.000 vestígios arqueológicos que vão desde a pré-história até a era pré-islâmica tardia, refletindo a ocupação sucessiva de três diferentes populações e sua adaptação às condições ambientais em mudança.

Entre as características arqueológicas estão ferramentas paleolíticas e neolíticas de povos antigos, estruturas cônicas, marcos e construções circulares, a montanha sagrada de Khashm Qaryah, gravuras rupestres, túmulos funerários, o antigo sistema de gerenciamento de água e os vestígios da cidade de Qaryat al-Faw.

  • Sítios de ocupação pleistocênica (África do Sul)

Foto: Mariagrazia Galimberti / Western Cape Department of Cultural Affairs and Sport

Os três sítios arqueológicos do abrigo de Diepkloof Rock representam o registro mais diversificado e bem preservado do desenvolvimento humano moderno, com uma datação de 162.000 anos. Este local é fundamental para entender a origem dos humanos comportamentalmente modernos, suas habilidades cognitivas e culturais, bem como as transições climáticas que eles conseguiram superar.

  • Cidade Histórica e o Sítio Arqueológico de Gedi (Quênia)

Foto: Ashikoye Okoko / National Museums of Kenya

Envolvida por uma floresta costeira preservada e afastada da linha de costa, a cidade abandonada de Gedi foi uma das principais cidades de cultura suaíli na costa leste da África entre os séculos 10 e 17.

Durante esse tempo, Gedi integrou uma complexa rede internacional de comércio e cultura que atravessava o Oceano Índico, conectando centros costeiros africanos com a Pérsia e outras regiões.

Foto: Ashikoye Okoko / National Museums of Kenya

O local é cercado por muros e contém vestígios de arquitetura doméstica, religiosa e cívica, além de um avançado sistema de gerenciamento de água. A cidade destaca-se por suas características representativas da arquitetura e do planejamento urbano suaíli.

  • Umm Al-Jimāl (Jordânia)

Foto: Bert de Vries/ UJAP

O local designado como patrimônio fazia parte de uma povoação rural no norte da Jordânia, contendo estruturas basálticas do período bizantino e do início da era islâmica. Com um estilo arquitetônico característico da região de Hauran, alguns edifícios militares romanos foram reutilizados pelos habitantes que viveram na área posteriormente.

  • Via Ápia (Itália)

Foto: Raffaele Puce/ ICCD/ Unesco

A mais antiga e significativa estrada dos antigos romanos, a Via Ápia, foi recentemente reconhecida como Patrimônio da Humanidade. Com uma extensão de mais de 800 km, foi construída e expandida entre 312 a.C. e o século IV d.C.

Inicialmente projetada como uma rota estratégica para campanhas militares rumo ao Oriente e à Ásia Menor, a Via Ápia possibilitou o crescimento das cidades, o surgimento de novos assentamentos, e facilitou a agricultura e o comércio.

  • Deserto de Badain Jaran (China)

Foto: Badain Jaran Nature Reserve/ Unesco/ Divulgação

Situado no Planalto de Alashan, o deserto de Badain Jaran é o terceiro maior deserto da China e é conhecido por suas impressionantes torres de areia e lagos. Este deserto marca o encontro de três regiões arenosas chinesas e apresenta notáveis características geológicas e geomórficas de paisagens desérticas contínuas.

  • Flow Country (Reino Unido e Irlanda do Norte)

Foto: Lorne Gill/ NatureScot

Localizada nas Terras Altas da Escócia, a propriedade com paisagens de turfeiras é o exemplo mais notável de um pântano de manta em acumulação ativa. Este ecossistema de turfeiras, que vem se formando há 9.000 anos, oferece uma diversidade de habitats para várias espécies de aves e apresenta uma gama de características únicas que não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta.

  • Gruta de Vjetrenica (Bósnia e Herzegovina)

Foto: Vjetrenica Public Company/ Unesco/ Divulgação

Localizada na cordilheira Dinárica, a propriedade é conhecida por sua extraordinária biodiversidade e qualidade de cavernas. Ela abriga várias espécies de vertebrados ameaçados globalmente e várias espécies relíquias terciárias e pré-terciárias, o que implica que muitas delas são consideradas fósseis vivos, com parentes mais próximos que foram extintos há muito tempo.

  • Te Henua Enata – Ilhas Marquesas (França)

Foto: Bryan Lo/ Direction de la culture et du patrimoine/ Unesco/ Divulgação

A propriedade evidencia a ocupação notável do arquipélago das Marquesas, no sul do Oceano Pacífico, por uma civilização humana que chegou por via marítima por volta de 1.000 d.C. e se desenvolveu nas ilhas isoladas entre os séculos 10 e 19.

Além disso, é um importante ponto de biodiversidade, que integra ecossistemas marinhos e terrestres únicos e excepcionalmente bem preservados.


O que achou dos novos patrimônios? Já conhece algum deles? Participe nos comentários!

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