Mais de 100.000 pessoas votaram no referendo organizado pela cidade de Paris acerca do banimento dos patinetes elétricos, que hoje podem ser alugados em qualquer rua da cidade. Foram 89% de votos a favor do veto. Apesar do referendo não ser vinculante, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, já afirmou que está comprometida em respeitar seu resultado.
Na Cidade Luz eles estão por toda parte e é impossível ignorar os perigos inerentes a cruzar uma cidade grande em velocidades de até 27 km/h (sem capacete), sendo que a idade mínima para alugar os veículos em Paris é de apenas 12 anos.
A grande crítica é justamente a segurança: segundo dados dos órgãos de trânsito locais, 34 pessoas morreram e 570 ficaram seriamente feridas em acidentes envolvendo patinetes elétricos no ano passado.
Para Nicolas Gorse, chefe da Dott, uma das companhias que alugam patinetes em Paris, a consequência vai ser desemprego e saturação dos transportes públicos:
“A real consequência é para os nossos 400.000 usuários mensais e para os 800 empregados da Dott em Paris. E também para os residentes, falando em números, pois ao subtrair os patinetes, essas pessoas iram buscar o transporte público”.
Em 2022 a cidade mais visitada do mundo teve cerca de 20 milhões de corridas de patinetes, segundo dados do The New York Times.
Como as licenças atuais dos operadoras estão vencidas, a prefeita da cidade já decretou: “não haverá mais patinetes self-service em Paris”. Vale lembrar que ainda será permitido o aluguel através de empresas e também o uso de patinetes particulares.
Com informações do The Poinst Guy