Fonte: QCV
Imagine chegar até as profundezas do mar para ver as curiosas criaturas que ali habitam, mas sem se molhar. Essa é a proposta do The Whale, um museu semi-submerso que vai proporcionar a observação de baleias na Noruega. Ainda em construção, a previsão de abertura é em 2022, mas te contamos abaixo quais serão os atrativos!
A localização escolhida para abrigar a novidade é no povoado de Andenes, ao Norte do país, lá para os lados de Tromsø, onde se observa a aurora boreal e o sol da meia noite. É um lugar bem distante da capital, mas não se preocupe, porque embora a cidade seja minúscula, tem aeroporto para atender os 3.700 habitantes da ilha repleta de paisagens dramáticas.
O The Whale certamente vai atrair um bocado de gente para a região, a começar pelo visual futurista que lhe foi atribuído. O projeto arquitetônico se baseia no formato de uma baleia emergindo do oceano, ou como escreveu a diretora criativa responsável, Dorte Mandrup, seria “um gigante levantando de uma fina camada da crosta terrestre, criando uma cavidade por baixo”.
Serão 4.500 metros quadrados encrustados entre rochas a beira-mar, com uma cobertura camuflada, preenchida de musgo e pedra. O público poderá subir na superfície do telhado, que funcionará como um mirante. Paredes de vidro e uma área semi-submersa nas águas darão outros ângulos panorâmicos aos visitantes.
O edifício será dedicado ao conhecimento e à conscientização sobre os animais, com o intuito de incentivar a preservação da espécie. Além do espaço expositivo, haverá um café, uma loja de souvenires e escritórios.
Cerca de 50 mil pessoas vão à Andenes anualmente para ver as pequenas baleias de 5 mil kg dando o ar da graça no meio do oceano.
Baleias polêmicas
O observatório de baleias-anãs (minke), que incluem o endereço em sua rota migratória, está a apenas 300 km do Círculo Polar Ártico. Apesar de existir um museu futuramente com o intuito de aproximar as pessoas dos gigantes mamíferos, a Noruega ainda permite a caça de baleias em seu território.
Segundo dados da Direção de Pesca da Noruega, 454 baleias foram abatidas por caçadores apenas em 2018, porém este é o segundo menor número dos últimos 20 anos. A União Internacional para Conservação da Natureza não lista as baleias-anãs como espécie ameaçada, pois ainda existem aproximadamente 100 mil delas circulando por todos os oceanos.
Os ambientalistas seguem na constante luta contra ações predatórias dos seres humanos. Eles acreditam que boa parte dos animais caçados vão para o comércio, pois sua carne é consumida na Islândia (em sua maioria por turistas) e no Japão, enquanto na Noruega é matéria-prima para ração.
De acordo com uma reportagem da BBC, o Japão alega fins científicos para a caça, mas boa parte vai, na verdade, para restaurantes. Há também prejuízos econômicos, visto que a indústria não é lucrativa e ainda subsidiada pelo governo. Matar e/ou vender baleias foi proibido no país por 31 anos. Em 2019 o governo liberou novamente a caça.
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