A perigosa Rua do Trem, no Vietnã, atrai multidões de turistas que se aglomeram à beira dos trilhos

Devido ao risco iminente de acidentes causados pelo excesso de visitantes, autoridades têm tentado fechar o local, porém sem sucesso até o momento.

A “Rua do Trem” (Train Street) é uma atração turística proeminente no Vietnã. Situada no distrito de Hoan Kiem, em Hanói, esta via estreita é atravessada por um trilho de trem em operação. É um ponto de interesse que atrai grandes multidões de viajantes, que se aglomeram perigosamente em frente às casas e cafés locais para presenciar a passagem da locomotiva a uma curta distância e em alta velocidade.

“A Train Street é, sem dúvida, um ícone do turismo atual em Hanói. É mais do que apenas um local para visitar; representa uma experiência genuína e singular da vida vietnamita e da atmosfera de Hanói, muito mais autêntica do que qualquer templo ou museu”, comentou Alex Sheal, proprietário da operadora de turismo Vietnam in Focus, à revista Time.

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A centenária ferrovia, erguida pelos antigos governantes coloniais franceses do Vietnã em 1902, corta o coração das movimentadas áreas do bairro antigo de Hanói. O que antes era uma parte comum da vida diária dos residentes se tornou um local famoso nos últimos anos, inundando as redes sociais com imagens impressionantes de pessoas se aglomerando perigosamente perto dos trens.

A rua está repleta de antigas casas convertidas em cafeterias, onde os turistas se reúnem em pé ou sentados, desfrutando de uma bebida enquanto aguardam a passagem do trem. Não há nenhum tipo de controle ou segurança, cabendo aos comerciantes alertar os desavisados sobre os perigos de ficar próximos aos trilhos, inclusive sentando sobre eles.

Kieu Cong Anh, guia turístico local e diretor do Hanoi Train Street Tour, compartilhou com a revista que, devido à grande quantidade de visitantes, a rua tornou-se perigosa. Isso levou as autoridades a restringir o comércio local e tentar fechar o local – porém sem sucesso, já que muitos ainda encontram maneiras de burlar as regras.

“Às vezes, eles não sabem a distância necessária para garantir a segurança. Muitos donos de cafeterias, ao verem turistas tirando fotos, tem que gritar para eles entrarem”, falou.

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